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Comunidade

 

 

 

 

“Quando estamos juntos, a nossa força é maior. Uma força que se estende até mesmo àqueles que nada esperam, operando nos seus corações uma mudança subtil, onde a semente é introduzida no meio de pedras e solos áridos, e nem por isso deixará de crescer, deixará de ser e actuar… Quando juntos, a nossa confiança dá sentido a cada passo, porque somente quando acreditamos e somos fiéis a nós próprios é que alcançamos o que parecia estar tão distante… Quando juntos, a alegria é maior… Quando juntos, a vontade em transcender os obstáculos é mais precisa porque encontramos na nossa semelhança a nossa beleza, a nossa luz… Somos espelhos a reflectir o que vivemos. Então, vamos viver o melhor, para que o melhor nos fortaleça e a tantos outros também. Vamos viver a liberdade que nos é de direito para que esta mesma liberdade nos possa libertar de tudo o que ainda se enrosca nas teias emaranhadas da ilusão… Vamos olhar com os olhos do coração e falar com as palavras da intuição…

Vamos juntos, indo numa mesma direcção… A direcção do conhecimento, da graça e da quietude. A direcção da luz, do amor e da bênção silenciosa do Criador.”

 

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Cada segundo vivido em GAS’África é partilhado pela comunidade que parte de Portugal. É, portanto, um projecto feito em conjunto, em que cada um é a peça de um puzzle. A incerteza de um será resolvida pela certeza do outro; o medo sentido por alguém acalmar-se-á na presença segura de outro elemento. As diferenças transformam-se em complementaridades; as dificuldades são trabalhadas e ultrapassadas em conjunto.

Neste sentido, é importante trabalhar e desenvolver determinadas atitudes:

 

§         Disponibilidade:

É importante que a minha disponibilidade para o outro comece dentro da minha comunidade. Fala-se, aliás, de uma dupla disponibilidade:

1.       disponibilidade para estar com o outro, escutá-lo, querer que ele cresça comigo e querer crescer com ele;

2.       disponibilidade para me partilhar.

 

§         Atenção:

A atenção corresponde a uma atitude interior de interesse pelo outro. Quando estou atento começo a perceber o significado de cada olhar, a razão de cada lágrima…

Atento a mim e aos outros consigo descobri-los e descobrir-me. E a comunidade passa a ser um espaço sem máscaras, sem barreiras, pois, desta forma, criam-se pontes entre todos.

 

§         Tolerância:

Ser tolerante significa respeitar as diferenças do outro e implica paciência para lidar com situações ou comportamentos com os quais não concordo.

Mas tolerar não significa aceitar tudo passivamente. É importante que a tolerância não se traduza num “ir aguentando o outro”… ou passar a ignorar o comportamento que nos incomoda. Muito pelo contrário, também a tolerância deve ser exercida de forma activa, implicando, se necessário, explorar as resoluções de conflitos. Ser tolerante não tira o lugar a manifestar a minha opinião quando sou contra alguma coisa.  

 

§         Humildade:

No dia-a-dia da comunidade GAS’Africana, a humildade está presente quando é claro para todos que ninguém é melhor ou superior a ninguém. Mais do que isto, a humildade exige que cada um abdique de si próprio no momento de compreender o outro e a sua posição. Este é o verdadeiro exercício da humildade: ser capaz de me despir de mim próprio para chegar até ao outro.

Não há nada de nobre em sermos superiores ao próximo. A verdadeira nobreza consiste em sermos superiores ao que éramos antes.”

 

§         Alegria:

 

“O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior”

 

A alegria adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um acto de vontade.

O GAS’Africano tem alegria dentro de si. É feliz na sua entrega e essa felicidade está presente mesmo nos momentos mais difíceis. Existem, não poderiam deixar de existir, momentos para chorar e estar triste, mas o GAS’Africano procura encarar cada obstáculo com bom humor

 

 

 

A comunidade de acolhimento:

 


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Quando chegam ao destino do projecto, os GAS’Africanos não têm a pretensão de impor a sua cultura de forma etnocêntrica.

Pelo contrário, e reconhecendo que os estranhos somos nós, procuramos conhecer com autenticidade o povo que, humilde e disponível, nos acolhe de coração e braços abertos.

Passo a passo, tornamo-nos cada vez mais próximos.

Um dia, não nos contentámos de orgulho quando percebemos o calão das crianças, quando sabemos e cantámos com alegria os cânticos na missa, quando nos sentimos um deles e, mais importante ainda, vemos que eles legitimam este sentimento.

É nesta plenitude de vivência que nos realizamos no outro… numa entrega que se estende para lá das fronteiras do serviço, pois, quase sem percebermos, cada gesto é Amor… um Amor que passa a existir por si, e que permanecerá mesmo quando não estivermos presentes.

 

 
 
 

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