"Tudo o que não deres, perde-se!"
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Lubango 2007

 

 
“Hoje a manhã foi atarefada… estive no hospital de serviço! Comecei por fazer curativos, mas rapidamente tive que ir ter com um menino que chamava angustiosamente por mim: “erma ta doendo muito, erma por favor me ajude… erma… erma!”. O medo e a dor contaminavam a tua alma. Tens medo? Eu sei… mas não chores! Eu também tive medo! Eu sei que nunca estiveste assim… e eu também não. Não tenhas medo, eu estou aqui ao teu lado! Para quê? Para te ajudar!”
Cláudia Calheiros
 
“Estou a pensar nas nossas crianças e no que estarão agora a fazer. Talvez a dormir, a descansar o corpo e a alma. Sonhar?! Dizem que não sabem… ‘Eu nunca sonhei’! É complicado ouvir que pequenos meninos, na pura idade da brincadeira e diversão, longe de preocupações e problemas, tenham mentes tão simples e ao mesmo tempo tão complexas.
Sabem o que é sofrer por um bocado de comida, por saudades da mãe, dor física e maus tratos, humilhação, abandono... E têm vontade de fugir… para uma família que não existe, para um lugar que desconhecem, mas que mesmo assim “sonham” (?) ser melhor.
(…)
Hoje ao almoço, como já é habitual, ajudei as meninas a distribuir o almoço e o desconforto surge sempre. Acho que por mais dias e meses que as ajude nas refeições vai ser sempre uma situação complicada. Distribuir bocadinhos de massa por centenas de pratos e um bocadinho ainda mais pequeno, quase inexistente, de atum em cada um, que decerto não alimenta o corpo, mas deve alegrar a alma! ‘É este o vosso almoço?’ penso eu sozinha.”
(…)
Aqui o silêncio e a partilha ganham novas formas de expressão. O silêncio não é só ausência de palavras mas a linguagem de quem sabe sentir. Na partilha não existe só a troca de algo mas o verdadeiro dar e receber muito. Sinto que recebo muito mais do que dou. Se dou um simples olhar recebo o maior, melhor e mais sentido olhar brilhante, daqueles olhos que só transmitem amor; um amor que desconhecia mas que agora já não me consigo desfazer; o amor que transcende o sentimento e me leva a viajar para aquele sítio que não conhecia. Um amor viciante que não me deixa deixar de pensar neles todos os segundos.”
Francisca Magano
 
“No GAS vivi o verdadeiro ‘viver’. E não é possível experienciar a vida de forma mais profunda do que partilhando-a com os outros. Vivemos juntos e assim nos expressamos e damos significado à reciprocidade da existência. Para isto se tornar possível, a constante partilha de mim e de ti e a nossa experiência – é essencial.
Vivi com as crianças e ensinei a lógica das letras e dígitos, enquanto elas me ensinavam o abstracto das emoções mais profundas. Vivi com os que encontrei na cama dos hospitais e que me contaram as suas histórias. Fiz parte das histórias dos que se cruzaram comigo nos cantos da nossa vasta jornada africana. Jornada pela terra vermelha, mas principalmente pelas pessoas e suas vivências mais reais, de todas as cores que uma pessoa pode imaginar. Vivi com cada elemento do meu grupo com quem partilhei 24 horas de cada dia da semana durante dois meses, cada vez sendo mais transparente, a descobrir tudo do mais positivo e mais negativo dentro de mim.
África... Esta, de cometas, tornou-nos todos estrelas vizinhas pertencentes ao céu mais estrelado do mundo. O céu do país de maiores contrastes e poderes não aproveitados, mas no mesmo tempo, a terra do maior afecto e infinitas saudades.
Isto é Angola…”
Michal Scheffler
 
“O cansaço pesa no corpo, lentifica os movimentos e o raciocínio, os olhos mal conseguem manter-se abertos, mas o cérebro não consegue parar de pensar, porque o coração não consegue parar de sentir... Estamos há trinta e seis dias no Lubango. Trinta e seis dias repletos de amor, emoção e entrega. Trinta e seis dias intensos e inesquecíveis. Restam-nos mais duas semanas no Lubango e uma em Luanda. Apenas duas semanas! E a angústia cresce de forma asfixiante, sufocante. Tenho medo do tempo estar a esvair-se e tudo estar a acontecer demasiado rápido. Medo de chegar ao fim antes da sensação de missão cumprida; de termos feitos opções erradas, ao aceitar todos os apelos e ao reduzir o investimento em cada um, de deixarmos marcas pouco vincadas depressa desvanecidas pelo tempo e pela distância. Sinto-me a querer demais e a perder o controlo. O corpo (e a mente) já reclama por descanso. E o tempo passa, inexorável...
(…)
São tantas as coisas que nos são dadas nestes escassos dois meses que muitas vezes sinto-me organicamente, emocionalmente, incapaz de abraçar tudo. Cada dia é tão cheio de tanto para agradecer, tantas pessoas, emoções e sentimentos, que é muito fácil perder o controlo. É difícil pensar, mais fácil sentir! Por vezes, sinto um bloqueio emocional, que não me deixa sentir nada e depois sinto tudo, abruptamente, num segundo.
E se há alturas em que tudo me parece demais para eu conseguir abraçar, há outras em que tenho “a certeza de que tenho braços que me permitem alcançar o impossível!”...
E tenho, mais uma vez, a certeza de que depois disto nada será como antes...”
Nélia Neves

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